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IZEMAR FERNANDES TAVARES
( BRASIL – PERNAMBUCO )
Natural de Recife, veio para Brasília em 1969.
Já era normalista e ingressou na FEDF, na carreira do Magistério como professora primária. Cursou a Faculdade de Letras do CEUB e passou a lecionar Português e Inglês em diversas escolas de Taguatinga.
Foi premiada pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal, com a publicação do poema Busca, na Antologia de Contos e Poesias de
Professores – Prêmio 1983. Também pela ASEF na Antologia Contos e
Poemas – Prêmio 1991, com três poemas e em 1994, com o soneto
Felicidade... Sonho, publicado na Antologia de Contos, Crônicas e
Poemas e pelo SESC, com o poema ecológico Ecos no Silêncio.
Suas publicações são encontradas em vários jornais como ”Reflexos”,
“Boas Novas”, “Folha da Comunidade”, “Jornal Satélite”, do qual
recebeu, em 1995, o título de “Destaque Intelectual do Ano”, de
Taguatinga. Também, nesse ano, recebeu o prêmio da Ordem
Internacional das Ciências, das Artes, das Letras e da Cultura,
como o soneto “Fim de Estrada”.
Acadêmica da Academia Taguatinguense de Letram representando a
Cadeira no. 05, patrocinada pelo poeta João da Cruz e Souza,
simbolista. Estreou como escritora com Vereda em Versos, edição
esgotada. Lança em dezembro se 1994 — Silêncio no Coração,
poemas líricos e Em nome do Perdão, poemas sonoros.
Tinha no prelo, em 1996, “Gratidão”, poemas sacros, “Alma Nua”,
poemas líricos e o infanto-juvenil “A Estrelinha Doente”.
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MOUSINHO, Ronaldo Alves. Vida em Poesia; 36 anos Poetas Escolhidos. Brasília: Valci Gráfica e Ed., 1996. 173 p. N. 01 175
Exemplar da Biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro)
Brito (em Brasília) em outubro de 2024.
MEMÓRIAS
Nove de janeiro
De mil novecentos e sessenta e nove.
Em teu seio me acolheste.
Eu era pranto,
Eu era dor,
Eu era lamento.
Mas eu era também anseio,
Eu era força,
Eu era desprendimento.
Nesse momento,
Foste uma mãe,
Foste uma amiga,
Foste uma irmã,
E me acompanhaste nessa luta afã.
Fui feliz
E infeliz
Diante dos teus olhos.
Fui feliz quando na tua história
Plantei minha juventude.
Fui feliz quando na tua memória
Escrevi minha emoção.
Fui feliz quando no teu leito
Dei à luz uma menina.
Fui feliz quando do teu fruto
Alimentei a minha mãe.
Fui extremamente infeliz quando na tua terra
Sepultei meu pai.
Chorei.
Gritei,
Clamei.
Mas eu tinha a tua mão,
Eu tinha o teu ombro.
Eu tinha o teu seio.
Por que, então, Brasília, tanto receio?
Em meio à dor,
Contemplei a confiança.
Em meio à luta contemplei recompensa.
Em meio às lágrimas
Contemplei a esperança.
Brasília,
No teu passado,
Eu fui uma professora.
No teu presente,
Eu sou uma escritora.
No teu futuro,
Quem serei eu?
Ainda serei tua filha,
Ainda serei tua irmã,
Ainda serei tua amiga,
Ou não serei ninguém.
SONHO E REALIDADE
Filha de um sonho,
Gerada sob uma ilusão,
Gestação acompanhada por milhões.
Nasceu no tempo certo E a acharam linda.
Linda porque a moldaram,
Maravilhosa porque a burilaram,
E ela pôde surgir na exuberância
De um princípio de outono.
Outono infindável,
Produtor de frutos em abundância
Para todos que trabalharam por ela.
Brasília nunca negou a realidade
Do que o sonho mostrou à imaginação.
Nunca iludiu, mesmo sendo uma ilusão
Para muitos que a depreciaram.
Fui gerada e nasceu para dar vida.
Vida aos que sofreram com ela,
Vida aos que lutaram por ela,
Vida aos que morreram por ela,
(Mas que vivem em nossa memória)
E vida aos que usufruem com ela
Seu tempo de glória.
ACRÓSTICO
Brasão Nacional cravado no Planalto.
Rainha entronizada no seio da Nação.
Ave solitária num ninho construído pelos homens, Sombra amiga de uma frutífera árvore.
Ílusão para os que não creram,
Labor para os que quiseram,
Imparcialidade para os que se corromperam,
Abrigo, teto e afeto para os que se renderam. ...............................................................
Ao seu AMOR!
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Página publicada em janeiro de 2025
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